Ali não mora o luxo.
Ali mora a dor, a tristeza, a solidão da falta da presença e a solidão da vida.
Ali, entre o cheiro de desinfectante, remédios e outros, sobrevive-se às horas, aos dias e até às semanas.
Entro e tento manter-me forte. Pensar que sairei mais leve por preencher a solidão dela.
A valentia não é minha. A valentia é dela...serena, sem muitos lamentos, quase que despercebida...
Apertas-me a mão e eu aperto a tua. Como me vale este momento.
Avó, põe-te boa depressa. Eu sei que o queres, só não sei se o tempo vai deixar.
Espero, espero mesmo muito que sim. Porque ainda tenho muito para te dizer fora dessas paredes que odeio!
A idade já não permite a rapidez que desejamos, mas sim, ela vai recuperar e fora daquelas paredes poderão, juntas, apertar as mãos e viverem mais unidas. Temos de ter FÉ!
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