segunda-feira, 30 de março de 2015

O nó de um outro peito

São muitas as formas de sentir o amor.
O amor tem muitas frentes e a forma como eu o sinto, é sempre intenso, caso contrário não vale a pena, não é amor.

E nesta vida de amores há um que sinto como nenhum.
Este amor que me faz existir duas vezes...
Existo aqui onde estou e aí onde tu estás...quando não estamos lado a lado!

Este amor, amorzinho, é único e só teu!

"Afinal todos queremos no peito o nó de um outro peito, o devolver da metade que perdemos ao nascer" - Mia Couto



sexta-feira, 27 de março de 2015

Muito triste

Quando alguém, de que nunca ouvimos falar, se torna notícia neste mundo, pela pior razão, fico sem saber muito bem o que pensar e o que sentir...

Vidas acabadas à força, pela força da fraqueza de uma só pessoa.

A dor de uma perda que, como quase todas, é impossível de aceitar.
Famílias quebradas, sonhos destruídos, futuro inexistente...a incapacidade de aceitar, a incapacidade de perdoar, de entender, tantas perguntas sem resposta.
O nunca mais presente e sofrido...para sempre.

A dor de uma mãe e de um pai que, não só perde um filho, como descobre que afinal esse mesmo filho poderá ser um monstro. A dor de saber do sofrimento desse filho, de saber da sua solidão, do seu desconcerto...a dor da incerteza sobre o que fizeram de errado na educação daquele homem...a dor da dúvida.

Aquela pessoa decidiu ali, numa montanha nos Alpes, colocar um ponto final em tudo.
As suas razões jamais justificarão o que quer que seja. Levou à força tantos consigo.
Não há razão alguma que caiba em tamanho desorientação.

A confiança também é um ato de amor.
E cada vida que ali, naquela montanha dos Alpes, desapareceu, levou consigo este amor que depositara naquele homem. 
A confiança no mundo ficou abalada, num passo só, gigante. Mais uma vez.

Procuram-se respostas. Elas são importantes sim, mas não apagarão estas dores.
Espero que não apague, aos poucos, este amor...


  

quinta-feira, 19 de março de 2015

PAI

Hoje é o dia do pai. Dia de todos os pais

O meu pai é o meu pai, com tudo o que tenho direito e com todos os deveres também, porque sou uma filha bem comportada!

O meu pai tem muitas qualidades. Admiro todas e sei que nunca atingirei tal nível.
O meu pai é como uma linha guia, quando me perco nos caminhos da vida.

O meu pai sofre por pouco e por muito. O seu coração vive agitado.

Se me perguntam qual o meu herói, pai, sempre és tu a resposta.

Hoje é o dia dos homens da minha vida
O do pai que nasceu comigo filha
E o do pai que nasceu comigo mãe!


terça-feira, 17 de março de 2015

Para ti...FAZ!

Não digas que não vales nada
Que não tens valor
Porque tens, olha-te

Não digas que estás cansada
Quando és força

Não digas que estás bem
Quando choras por dentro

Não digas palavras de angústia
Perpetuas a tua dor

Não digas que agora é diferente
Quando ainda estás intoxicada

Não digas que não queres saber
Porque ainda queres

Não digas que desistes
Porque és luta

Não digas sim
Porque o não é o alerta

Não digas que te dói ainda
Vai doer e pode doer mais

Não digas
Transforma-te, grita, vive
Não prolongues a dor

Não digas

Faz!


Para ti...acorda e deixa de ser saco de boxe!

És feliz?

Hoje vivemos insatisfeitos.

Temos casa, mas ambicionamos uma maior, com mais quartos, com jardim e piscina.
Temos carro, até pode ser um novinho, mas sonhamos com aquele topo gama, XPTO.
Temos um trabalho, mas dizemos muitas vezes que, o que queríamos mesmo era um emprego, ou até mesmo não fazer nenhum, o que acho que poderia ser uma tremenda seca.
Temos os bolsos (relativamente) cheios, o suficiente para termos pão na mesa e pagar as nossas contas, não dívidas, todos os meses, sem falta.
Os bolsos suficientemente cheios, para satisfazer os nossos caprichos e futilidades.
Temos férias, mas achamos que férias ideais seriam fazer uma viagem para fora do país, num hotel seis estrelas e com tudo a que temos direito, sem mexer uma palha, durante muito tempo, muito mais que os 22 dias permitidos…e achamos que merecemos. 
Temos amigos que sabemos que não nos deixariam na solidão…e os outros. Não questionamos.

Vivemos em ambição e julgamos tão mal a felicidade. A alheia e a nossa própria.
Imaginemos que conseguimos tudo o que ambicionamos. Seremos felizes?
A isto talvez chame felicidade superficial.

Estaremos novamente insatisfeitos e não felizes, porque desejamos mais, sempre mais, outra e outra vez.
Não que eu ache que ser-se ambicioso é negativo, até porque eu sou ambiciosa.
A ambição faz-nos procurar mais, procurar a felicidade, mas não a completa. Essa não existe.

Mas nesta voragem que são os nossos dias, devemos de aprender que, ser-se ambicioso pode ser positivo, se, nesse caminho formos felizes e se, a cada meta alcançada e obstáculo ultrapassado, aprendermos que afinal até podemos escolher a felicidade a custos baixos, porque a vida nem sempre nos dá bolsos cheios, mas dar-nos-à sabedoria aos molhos.

Um novo dia.
Acordar numa cama limpa e no conforto. Ter a família a dormir, poder contemplá-la em silêncio. Agradecer. Sorrir. Abrir os braços ao dia que agora nasce e ter a força de um corpo saudável para o enfrentar.
Ter beijos e abraços sem pedir.
Permitir-me sucumbir aos mimos em família. Respirar fundo. Agradecer, já disse?

Sou ambiciosa q.b., mas a melhor recompensa dessa ambição são estes momentos, a felicidade a custo baixo.

Sou feliz aos pedacinhos.


terça-feira, 10 de março de 2015

A quem me lê e se pergunta....

Quem me lê é bem capaz de se perguntar por onde ando, o que faço nesta vida que justifique uma certa ausência minha aqui no estaminé.

Pois, fiquem sabendo que não, não estive de férias em qualquer ilha paradisíaca, não me meti em nenhum projeto novo, apesar de achar que a vida todos os dias é um projeto do que vem a seguir...

Tenho andado por aqui, apenas mais enfiada na carapaça, a aprender da vida o que ela me ensina.
Aos tropeções, estou a aprender, aceitando as imperfeições, o perdão, as falhas, aprendendo que ainda tenho tanto para aprender...aprender a aceitar que talvez seja assim um bocadinho forte.
Um bocadinho já é bom.

Que venham então todas as lições.
Cá as espero de braços abertos, umas vezes com medo, outras nem por isso.

Tenho que alimentar a chama que está em mim, não quero que quem preenche os meus dias, sinta frio pela falta deste calor!






quinta-feira, 5 de março de 2015

A ti, minha mãe

Hoje é o dia dela.

Quem me dá colo sem ter que pedir.
Quem me lê a alma mais depressa que eu própria.
Quem está lá, sempre disponível, sempre amiga. A melhor!

Hoje é o dia dela e agradeço tê-la comigo todos os dias.
Contínua a dar-me conselhos, tal como se eu ainda fosse a sua criança, e talvez seja mesmo.

É a mulher mais forte que conheço. A mais determinada. A mais trabalhadora.
A ela devo muito, tudo. Devo-lhe a vida.

A sua preocupação, algumas vezes ultrapassa os limites definidos por mim em silêncio, mas o tempo...esse acaba sempre por me lembrar como são certeiras as suas palavras.

Esta mulher já sofreu por variadíssimas razões. Eu sei que ainda sofre, mais não seja, sofre quando eu sofro...mesmo que em silêncio.

Tem um coração grande onde cabe sempre mais um.
Tem a sua vida sempre condicionada pelos outros, porque não perdeu o hábito de se colocar sempre depois de tudo.

Eu sei ... parece que ainda não cortei o cordão umbilical, mas alguma vez se corta, perante um amor assim?

Parabéns minha mãezinha. Que a vida nos permita muitos anos juntas.