quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

É tempo de brotar de novo!

Este ano foi imenso, rico em sentir.
Amadureci, permiti-me sofrer, esvaziar-me muitas vezes para me encher de novo, transbordar para poder oferecer-me aos que de mim precisam.

Não me rendo a alcançar um começo novo para enterrar os medos, o desconcerto, as ausências.
Estou no caminho.

Não cedo, mas vou deixar para trás algumas coisas ou momentos que foram, em outros tempos, importantes, para preencher os espaços novos que 2017 terá para me oferecer.
Carregar pesos desnecessários só irá atrasar o percurso.

2016 fez-me crescer, obrigou-me, aliás.
Não foi assim tão justo comigo e com os meus, mas a minha evolução enquanto pessoa é também um escudo, construído por todos os artifícios que me atingiram. 

Deixo 2016 sem grande nostalgia.
No meu jardim murcharam algumas flores, não por sede, apenas porque estavam exaustas, aflitas porque o seu jardim ficou, também ele, tocado pela mágoa, pela desesperança.

Que venha 2017 e que seja melhor que o ano velho.
Velho de dor, de lágrimas, de medos e de lutas!
Ano cansado.

No meu jardim estão as minhas raízes.
Broto de novo! 

É o que desejo a todos!

  


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Amor de mãe, o meu por ti

Mãe
Trazes em ti o olhar sincero, mas carregado da vida.
E isso dói-me…embora me tenhas ensinado que, por vezes, Deus enseja alguns tombos, para que os nossos joelhos toquem no chão.

Quando preciso do teu colo, tu levantas-me mais do que eu sou, mais do que eu posso.
E quando és tu a precisar de colo, sei que o meu nunca será tão imenso quanto o teu!

Quando te agradeço sei que o meu agradecimento jamais cumprirá o seu dever.
Não existem palavras ou gestos capazes de cobrir tudo o que és para mim e tudo o que por mim fazes.

Quando o medo se apega a mim, a ti, a nós, és sempre tu que o afastas com essa força e tenacidade que jamais terei, mesmo que por dentro estejas partida.

És uma força da natureza por tudo, mas especialmente por seres a minha mãe, a minha melhor amiga e um exemplo que nunca alcançarei como mãe.
Todos os dias aprendo contigo a ser um bocadinho mais forte e a erguer-me perante o que me tenta derrubar, perante a fragilidade que é a vida.

Este é um amor obstinado, o maior de todos.
É impossível de medir ou de contar.

Sente-se!


Obrigada MÃE. Por ontem, por hoje e por todos os amanhãs!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Porque chora o meu céu?

A vulnerabilidade pode ser muito assustadora. 
Tanto!
A fragilidade de um coração é imensa e raramente nos lembramos do seu batimento por nós.

Ele alegra-se e bate pela nossa felicidade e conquista.
Ele estremece e bate pela nossa calma e brandura.
Ele chora e bate pela nossa tristeza, pelas nossas lágrimas.

O meu coração anda assim, batendo, estremecendo e alegrando-se por coisas poucas e ainda assim tão enormes...

São dias de revolta, de muitos porquês, dias de quase desistir, dias sós, dias de chorar o que dói, e como dói.
E depois, sempre, dias de agradecimento, dias de perdoar e de perdoar-me também.

Sim, a vulnerabilidade é assustadora, mas pura.
Perante ela somos pequenos, mas é ela que nos permite descobrir a bravura e, muitas vezes, desbravar caminhos difíceis e demasiados longos,

O meu coração bate, impaciente, inquieto...
Mas também aprendi que nada cresce com a ausência de ventos ou de dias tempestuosos.

Peço apenas força, a suficiente para que, na ausência de ventos, eu possa remar.
Como disse o grande Gandhi "o amor é a força mais subtil do mundo".


A ti.