segunda-feira, 16 de maio de 2016

Um adeus difícil de dar

Em tua memória tia

Hoje o Sol brilhou, os pássaros  cantaram… mas os risos calaram-se… e as lágrimas correm no meu rosto…
O coração sofre em silêncio…

Não posso mais visitar-te e saber a tua ansiedade em nos receberes.
Olhar no verde dos teus olhos e querer sempre olha-los, sempre e sempre.

Parte-me o coração ver os teus amores quebrados por dentro, não sei como consolá-los.
Eu mesma estou inconsolável.

A vida é muito injusta, muito mesmo.
Vai muito além do que os nossos sentidos podem perceber...

A vida contínua, e do outro lado do caminho creio que nos vês e não gostas desta tristeza.
Desculpa-nos, as lágrimas serão menores, mas o vazio será maior a cada dia sem ti. 


Descansa agora.
(15/maio/2016)


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Escrevo-te...

Era domingo, mas podia ser outro dia qualquer.
Era domingo, a família reunida na sua rotina, em esforço para enganar o medo de te perder.

Era maio e o céu brilhava tanto...era também 13 de maio, que, para quem tem a fé que tu tinhas, significa muito.

Tínhamos planeado uma visita para te darmos a força e o amor que nos ensinaste...iria fazer-te sorrir, iria apertar, uma vez mais, as tuas mãos velhinhas...iria tanto...

Ouvi, mas não queria ouvir...quis acreditar que apenas estavas um bocadinho mais longe de nós mas ainda connosco... faltava dizer-te, uma vez mais, que te adoro, que ainda preciso dos teus conselhos sábios, do teu sorriso a contagiar o meu, as tuas mãos a apertar as minhas e de onde me era difícil desprender, por tão terno que era o momento.

Ouvi o gemido de dor de quem tinha acabado de perder a mãe, de quem teria para sempre uma ferida aberta...e eu, vendo as lágrimas da minha mãe e o seu desespero por nunca mais lhe ser permitida a tua companhia, aceitei finalmente que a realidade era aquela, que não adiantava negar que tinhas partido.

Ficou muito por te dizer, fica sempre. Tu sabes, não é minha avó?
És a minha avó, serás sempre, porque isso, por mais injusta que seja a vida, ninguém o pode tirar.

A saudade é uma palavra imensa, mas não o suficiente onde caiba toda aquela que sinto por ti. 
É uma tristeza para sempre não te ter aqui e ao mesmo tempo uma alegria recordar-te. 

Do muito que deixaste em nós, de tudo o que me ensinaste, ter fé e ver a coragem no amor é, de certo, a melhor herança de todas.

Sinto tanto a tua falta.
Não sei o que fazer com esta saudade, por isso, escrevo-te...



sexta-feira, 6 de maio de 2016

Cheira a ti mamã

Lembro-me quando visitavas as minhas gavetas e armários e enfeitavas o teu corpo, ainda pequenino, com as minhas roupas. Calçavas os meus sapatos, usavas os meus colares...quero acreditar que não era apenas vaidade, mas também por veres em mim um modelo que gostarias de seguir.

Vestias-te assim muitas vezes, sobretudo quando a saudade de mim te enchia o peito.
Numa das vezes que foste de férias sem mim, usaste o meu pijama, só porque sim, disseste, mas depois acrescentaste "cheira a ti mamã".

Não sei se ainda é assim. Se sentes a minha falta ao ponto de me procurares nos cheiros. Ou se ainda te sirvo de modelo para alguma situação da tua vida.
Mas uma coisa eu sei, são muitas as vezes em que, mesmo longe de ti, sinto o doce do teu perfume, aquele que senti quando nasceste. Hoje é um dia assim...

(...daqui até à lua e mais além!)


  

domingo, 1 de maio de 2016

Dia da minha mãe

Mãe

Obrigada pelo colo, pelo abraço, pela força, pela ajuda, pelo trabalho, pelo sorriso, pelo alento, pela preocupação, pela fé, pela presença, pela obstinação, por nunca te cansares de mim.
E isto todos os dias.
Mãe, tu não és grande. és gigante, tal como o amor que sinto por ti!

Só se compreende o verdadeiro amor de uma mãe, quando nos tornarmos, também nós, mães.

Mãe, gostaria de ser um pouco do muito que és!