terça-feira, 29 de setembro de 2015

Olhem para cima e confiem

D, das tuas conquistas, sinto um imenso orgulho.
Das tuas derrotas, sinto-as como se fossem minhas.

Estás a aprender sobre o tempo, sobre as emoções, sobre isto do amor.
Sente-o da forma que sabes e, nesse caminho sem fim, porque é suposto ser assim, sem intervalos e sem final, nunca te esqueças dos teus sonhos, dos teus planos e de que nada é impossível, quando o coração está feliz.

Esse teu querer é tal, que, por bocadinhos, me assusta.
Calma, aprende a querer devagar. 

E quando a vida te doer, porque vai doer por uma ou outra razão, busca no teu espírito otimista, o conforto do colo que sempre existirá...aqui.

Porque és parte de mim, mas maior do que eu.
Existes para lá de mim. E ainda bem.
És linda.


D, chegaste e os olhos dela ficaram ainda maiores.


Fazes-lhe bem. Ela faz-te bem.
Também os teus olhos brilham.
Num momento, num olhar, o coração sintonizou a mesma frequência que o outro.
Estou aqui a pensar que vais dizer - destino.
É assim, duas pessoas que se acertam uma para a outra.
A música começou, com pressa, sôfrega pela presença, pelas palavras, pelos gestos, pelos dias do amanhã. 
Amar é sentir deliciosamente a condição do outro, não é?

O muito que se querem pode ser a diferença.

O início é ansioso e repleto de descobertas e adrenalina. 
E depois, depois é aprender sobre a arte de olhar no rosto um do outro e encontrar o espelho dos vossos sonhos e fazer de cada momento, recordações únicas.

Não duvidem, mesmo que o mundo conspire o contrário.

Com os pés assentes na terra, olhem para cima e confiem.



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

É amor (?)

Li por aí, e lembrei-me de vocês ...D e D!

“Não foi planeado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. Não foi apenas um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foi o jeito de escrever, ou de se vestir. Foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor.”




Vivo no teu...

Olho-te. Nem sempre vês.
Sinto em dobro o que tu sentes.
Fechas o peito, mas esqueces-te que estou no teu coração e por isso, só por isso, compreendo os teus medos, as tuas dúvidas, as tuas vontades, o teu querer.

Falo-te. Nem sempre ouves.
São os teus gestos, as tuas palavras.
São os teus olhos perdidos num lugar que não este. Num lugar que eu conheço, porque o sinto contigo. Estou dentro do teu coração, lembras-te?

Toco-te. Nem sempre sentes.
Abraço-te e cheiro o teu cheiro, único.
É noite. Dormes um sono, ora leve ora agitado.
Não entro nos teus sonhos sempre, mas estou neles, sonho-os contigo.

Vivo-te. Sei que também me vives.
Guardas-te, aí dentro, no teu peito e eu sei tanto do que lá vai dentro.
Tão iguais e tão diferentes, assim somos nós, mãe e filha. 

Sentes comigo as maravilhas da vida e a revolta pelos dias injustos?

Quero-te.
Assim, feliz, sorriso grande, alma cheia e plena nas tuas escolhas.
Das-te com sentimento, intensa e verdadeira.
Ensinei-te isso, mas também o quanto é importante a esperança, a confiança e a responsabilidade dos teus atos, das tuas escolhas. 

Dedico-me. Dedicas-te mais?
Aprecia a viagem, é louca e ávida de descobertas, como tu.

Para ti, o melhor de mim.
Para mim, a tua felicidade.

Vives no meu coração.
Eu vivo no teu. 






quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Engolir o mundo

Tu, que tens em ti a confusão e a força da tempestade
Tu, que tens em ti a maresia e a calma da maré baixa
Tu, que trazes felicidade, sorrisos e ainda assim, lágrimas e mágoa
Tu, que és bebé de mimo e velho sem paciência

Tu! É contigo que falo!
Não engulas o mundo.

Tens em ti toda a dor, revolta, injustiça, raiva e guerra.
Esqueces-te tantas vezes de alimentar o "lobo bom".
Esqueces-te o quanto este é poderoso.
Esqueces-te, ou então escolhes o caminho mais fácil, o lado escuro.
Sente-se no teu olhar.
Tu não vês.

E engoles o mundo outra vez.
Tens em ti todo o amor por quem te cerca.
Tens em ti a felicidade e a responsabilidade do exemplo.
Tens em ti tanto de bom. 
Tens em ti todas as virtudes.   

E engoles o mundo outra vez.
Transformas-te na outra pessoa que és, dura nas palavras, brusca nos gestos.
Engoles o mundo, cegas com a revolta, não ouves a música que toca nos corações.

Tu, que engoles os dois lados do mundo, pensa na montanha russa que é estar atenta aos sinais.
Ora ofereces uma viagem segura, ora ofereces uma viagem sem cinto de segurança, sem chão, sem céu, sem paz.

Não engulas o mundo.
Não cedas.
Respira-o, vive-o, sente-o e apazigua-o como sabes fazer. 




terça-feira, 15 de setembro de 2015

A vocês D e D

Aos 43 anos já devia de saber que a vida nos surpreende a cada dia e nos dá lições em cada hora que por nós passa.
Com esta idade já devia ter aprendido que nisto, das coisas do coração, não há regras nem razão que possamos seguir como certa.

O que vem aí agora perguntam-se?
Uma novidade que pode não ter assim tanta importância para o mundo. Podem pensar assim, não censuro, aliás, nesta viagem que é ter um blog, sei que sou alvo de muitas opiniões ...guardo apenas o que me acrescenta, o que me alimenta os dias.

Quem me conhece, quem conhece os meus sabe de cor do que falo.
Conhece o meu cantinho de amor, conhece o quanto eu acredito na voz do coração sobre todas as outras vozes. E são tantas.

Aqui vai então mais um pedacinho do que sou e que tento passar à minha menina...é dela que fala este texto, é a ela, a "eles" que o dedico.

Para mim o amor pode ter a mesma intensidade aos 10, 20 ...40 anos e por aí fora.
Não crítico as paixões e muito menos o amor (porque há diferenças) em nenhum momento da vida de cada um.
Sentir, sentir-se é como o ar que respiramos, e se nos torna pessoas mais felizes, mais completas, não há que menosprezar só porque ainda se é demasiado novo para entender as coisas do amor e as dificuldades que ele oferece e que temos de aprender, com mais ou menos dor, a ultrapassar, sim porque o amor dói, mas é tão bom que esquecemos as feridas.

O meu amorzinho está feliz. Tem o coração cheio, as borboletas na barriga. Encontrou o amor, o verdadeiro, sim, eu sei que é. Sinto.

Está feliz, porque é um amor correspondido. Está feliz porque o amor que escolheu (ou foi o amor que a escolheu a ela ?) a completa, acrescenta, ensina, acalma e lhe dá um sorriso do tamanho do mundo.

Gosto de tudo nesta história, da amizade de algum tempo, da aproximação e da ligação que criaram.. São amigos, são adultos o suficiente e acreditam no amor, conhecem o respeito, o que para mim vale toda a ajuda que puder dar, toda a ajuda que aceitarem ter.

Vão vir zangas, vão vir ciúmes, vão vir muitas saudades e coração apertado por não conseguirem estar juntos 24 horas. Mas tudo se esquece no reencontro, no abraço.

Quero que saibam que acredito em vocês e que, como mãe e "sogrinha" (adoro a promoção), tenho orgulho no que estão a construir. É um percurso, longo, mas que vale a felicidade de o fazerem juntos.
Se querem muito, se se querem muito, alimentem esta ligação que criaram.

A vocês D e D.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Voltei!!!

Pois é, as férias chegaram ao fim.
Nestes dias de boa vida respirei campo, mar e muitas alegrias, algumas novidades...

Deixem-me mentalizar que regressei à rotina e que o verão já começou a dar as suas despedidas.
Deixem-me organizar as muitas palavras que tenho para lerem neste cantinho do qual, confesso, já tinha algumas saudades.

Depois, quando cair em mim, quando encaixar mentalmente estas três últimas semanas, conseguirei dar-vos um texto como deve ser.