quarta-feira, 19 de julho de 2017

Saudade


Saudade é um parto reverso, é um cais onde nenhum navio aporta, é uma fogueira que não mostra a chama, é uma dor que não sai nas radiografias, principalmente no peito de quem ama - Paulo Gaefke
 
Ainda assim, sei que estás feliz e isso é o que me consola.
Diverte-te meu amor.
 
 
 
P.S. - Juízo!

O melhor abanador de caudas!


Tu não sabes (ou sabes) que é no teu colo que muitas vezes esqueço as ingratidões da vida, as tristezas que passam no coração, as dores que tiram a coragem…

És um poço de amor, daqueles sem fundo.
Esperas-nos, todos os dias, sempre com muitos beijinhos. Saltas e saltas até alcançares os nossos rostos e aí deixares o teu beijinho. Já és conhecido pelo beijoqueiro.

Estás sempre contente. És feliz com o simples.
Adoro o teu jeito de brincar, de nos cativares para brincar contigo.

Olho para ti e penso que só te falta falar a mesma língua que nós… sabes pedir, sabes esperar pacientemente…pedes desculpa logo depois de uma asneira…sabes ouvir, mesmo quando finges que não percebes e viras o olhar, nem que seja para uma parede! Até podias assobiar… sabes abrir a porta, só não sabes fecha-la…

Parte-me o coração dar-te um castigo, talvez seja por isso que nunca o faço.

Costumas ser muito elogiado, pois és de fato um arraso de cão!
És um oferecido, mas isso só faz de ti um bichano ainda mais simpático.

Não perdes uma oportunidade de experimentares as nossas camas…o sofá…és sorrateiro e isso tem a sua piada.

Gosto quando nos chamas, como se só tu ouvisses a campainha de casa.
Gosto do teu sorriso e quando rimos das tuas tolices, imagino que também te divertes com as nossas.

Fomos nós que te procuramos, que te escolhemos, e todos os dias nos ofereces a tua gratidão.
Vieste preencher um vazio que nem sequer sabíamos que existia.
Amas-nos mais do que a ti mesmo. Percebo isso quando deixas tudo pela nossa companhia.

Dizem que és uma bombinha de boa disposição, uma tempestade de alegria. És tu, feliz e o melhor abanador de caudas!

Agora, que tantos elogios foram feitos e todos exclusivos a ti, está na hora de aprenderes o quanto é fixe andar de carro, apreciar a paisagem, dormitar, sem baba em cima de nós, nos bancos, no teto ou nos vidros do carro. Sem te encostares, com os teus 23 kl, em cima de nós e sem andarmos com dez sacos atrás e toalhitas prontos a abrir, para o caso de achares que tens de nos mostrar o que comeste, porque nós sabemos, lembras-te?
                                Aqui, antes de te encontrarmos...3/4 meses.
 
                                        Aqui, 14 meses de vida, 10 passados connosco!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Compromisso de amor

Entre mim e ti, delineei um compromisso, no dia em que te trouxe ao mundo.

Entre o teu peito e o meu haverá sempre um fio invisível que nos liga e que, mesmo que nem sempre o sinta, sossega-me saber que ele está lá, firme.

Imagina uma canção que te canta ao ouvido o refrão, sempre. Vive dentro de ti...ouves?

Este compromisso não é um dever ou obrigação, ou muito menos uma promessa.

O que te ensino está numa balança, nem sempre equilibrada, onde, no outro lado pesa o que tu me ensinas também, uma vida inteira!

E nos dias em que acho que o fio invisível se perdeu, agarro-me à certeza daquele compromisso feito entre o meu olhar e o teu, o primeiro só nosso.

Quando nasceste fiz um compromisso comigo, amar-te sempre.
Quando nasceste fiz um compromisso contigo, chamei-lhe amor!



Voltei!


Nesta minha ausência muita coisa aconteceu. Sobre muitos assuntos deveria ter escrito, ou talvez escreva um dia. Se me apetecer, porque sim.
Nesta minha ausência, aconteceram coisas boas e coisas más, ambas me fizeram repensar a vida, questionar as razões, duvidar até dos propósitos que julguei serem verdadeiramente importantes e que se mostraram secundários ou até numa escala que não importa.

Nesta minha ausência tive saudades da escrita. Escrever define-me em parte, porque as palavras aclaram o pensamento quando ele está turvo.
Podia ter vindo falar de Fátima e da fé, a que me ensinaram e a que tenho. E da visita do Papa que move multidões e que, como pessoa, admiro muito. Do monstro que é o terrorismo, que nos persegue e nos consome. Do Salvador e da alegria com que nos presenteou…até a bufa tão comentada eu falhei aqui…

Esta mudez falou muito, para quem sabe de mim, porque os silêncios também falam e gritam! Podem ser estridentes, para mim são muitas vezes.

Estes silêncios não são segredos, mas não me apetece falar deles, pelo menos para já.
Agora quero regressar a mim, viver o remanso, a calmaria que necessito, porque as rotinas nem sempre são más…e porque há muitas alegrias mudas.

Voltei!