terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Novo (re)começo

Que o fio invisível que nos une uns aos outros se torne mais denso e inquebrável, capaz de curar os arranhões do corpo e da alma!

Peço para 2016 o que de mais rico se pode ter: saúde, amor e paz ( a do mundo e a individual).


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

D & D

Lembrem-se:
Saudade define certezas...


A solidão de um homem

Ontem, por razões que não interessam aqui, fiz uma visita às urgências do hospital.

Entre tantos rostos sofridos e corações apertados pela dor e incerteza sobre as razões porque estavam ali todas aquelas pessoas, destacou-se um rosto.

Andava por ali, misturava-se na multidão de uma sala de espera de um hospital.
Caminhava encolhido, não sei se pelo frio, se pelo peso da idade.

Ar simpático, educado, limpo, no seu canto, limitava-se a observar.

Nos olhos dele consegui ler que fora uma pessoa feliz, outrora.
Que aceitava a condição dele.
Que talvez até tivesse família, mas naquele momento estava sozinho.
Naquele e em todos os momentos, julgo.

Em certa altura levantou-se da cadeira que me pareceu ser bem conhecida dele...levou a mão ao bolso, restavam-lhe poucas moedas, espalhadas numa mão envelhecida...

Da máquina de café, tirou uma bebida quente. Tenho a certeza que não chegou para lhe aquecer a alma.

Voltou à cadeira, ao seu canto e olhei melhor, ao lado dele, mas escondido para não incomodar ninguém, como pessoa educada que me pareceu ser, estava um saco, lá dentro os poucos tesouros de uma vida e um cobertor. Eu sei que lhe pertencia o pouco daquilo.

Levantei os olhos para olhar melhor esta pessoa, cujos olhos sorriam, educada, sem que ninguém reparasse nela.
Ele percebeu que eu percebi o que ele ali fazia.

Numa noite muito fria.
Ali, ele encontrou o calor de gente que não conhecia e uma sala que o protegesse da noite de inverno, uma das muitas que têm ainda pela frente. 

As barbas grisalhas sei que não foi opção, foi necessidade perante as circunstâncias da sua vida.
Naquela noite ele escolheu estar ali, ao contrário de todos os outros que ali estavam, ele sentia-se feliz dentro da felicidade que é ter um canto quente e alguma companhia, mesmo que seja de desconhecidos.

Ele percebeu que eu percebi o que ele fazia ali.
Fiquei em silêncio e ele também.



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Minha avó!

Este será o primeiro Natal sem ti.
Já ando a pensar nisto há algum tempo e não sei como não lembrar.

Aos poucos o Natal vai ficando mais vazio.
Fazes-me falta e só me apercebi do espaço que ocupas no meu lado esquerdo, quando nos deixaste.

Este será então o primeiro Natal sem ti desde que a este mundo vim.
Vamos ter ceia farta, alguns presentes, família reunida e sorrisos açucarados...

Mas sabes? Em todos estes sorrisos haverá pelo menos um guardado para ti, quando me recordar o quanto faz bem ser o bem de alguém, e que eu fui, tenho a certeza, um dos teus bens.

Espero que me perdoes por tanto que te digo, agora que já não estás aqui...



Porquê?

Porque tenho aquela vontade de viver e de vos viver, mesmo que já tenha morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho da vida.

Porque amar também é estar preparado para dividir o que dói, mesmo que a dor dos silêncios seja monstruosa.

Porque sou forte (um bocadinho) para gestos de gentileza e ternura que somente os fortes possuem.
Dia após dia, dor após dor.

Porque o tempo e as dores do coração me ensinaram que, guardar mágoas, só ocupa espaço no nosso interior. É por isso que o peito anda apertadinho.

Porque o que decidi para mim, há muito, muito tempo, passa por dividir cada pedaço da minha vida inteira. 


Porque sou demasiado pequena para angústias tamanhas e silêncios que me gritam e me desesperam.

Porque, mesmo calada, o meu coração tudo vê, tudo sente e tudo envolve.

Porque um homem sem amor não vive, sobrevive.

Porque sim e porque não.

Nunca baixo os braços, nunca desisto embora os caminhos fáceis se apresentem diante de mim...

Porque busco o que é simples: estar em paz, a maior conquista que podemos ter, e ser feliz, não com o que tenho, mas com o que sou por vos ter...


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A ti, tudo de mim!

"...A te regarder
danser et sourire
Et à t'ecouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L' ómbre de ton ombre
L' ombre de ta main..."

Há silêncios necessários que se devem fazer a dois, porque nem todos os silêncios são solidão.
(Clicar aqui)




Ventricular contractions...

Unir todas as contas da esperança em volta do meu coração e deixa-lo escutar o barulho dos dias bons e acalmar o seu batimento.

Acreditar que somos todos heróis e heroínas, por fazer do mundo do outro, um lugar melhor.

E tu?
Já foste herói ou heroína hoje?



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Encanto

Há silêncios que são gritos.
Apertos que são sufoco.

Já não serve a armadura.
Já não serve o colo onde se descansa da guerra do mundo.

O momento em que se perdem as forças para amparar as quedas, as minhas e a de todos os que amo nesta vida.
Pedaços vão caindo, perdendo-se por aqui e por ali...sei que a vida não espera que eu concerte o que está partido, por isso vou ignorando o que enfraquece a fé, a esperança. 

Sinto e não sinto.
O coração agita-se, o peito aperta-se para segurar este desconcertante sentido.

É do mundo? São as pessoas? É este respirar triste dos dias?
Talvez, não sei.
Mas apetece fugir para dentro dos sonhos e lavar a mente da turbulência que aqui se instala, devagarinho, sem me pedir licença.

Há dias em que me revolto em segredo.
E depois há os dias que me acalentam a alma.
Nela ninguém manda. Só fica onde se encanta...talvez seja por isso que eu teimo.
Sim, é por isso, por este eterno encanto...nascemos para amar.





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Uma vida/Mil lições - Parte V

Esta é difícil...
Normalmente falo para mim própria só para me chamar nomes...


Vejam as outras lições aqui.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tantas vezes...

Muito haveria a dizer sobre isto, mas está tudo aqui...
E não é vergonha alguma assumir as nossas fragilidades...sinto-me.