Porque tenho aquela vontade de viver e de vos viver, mesmo que já tenha morrido um pouco ou
muito, aqui e ali, pelo caminho da vida.
Porque amar também é estar preparado para dividir o que dói, mesmo que a dor dos silêncios seja monstruosa.
Porque sou forte (um bocadinho) para gestos de gentileza e ternura que somente os fortes possuem.
Dia após dia, dor após dor.
Porque o tempo e as dores do coração me ensinaram que, guardar mágoas, só ocupa espaço no nosso interior. É por isso que o peito anda apertadinho.
Porque o que decidi para mim, há muito, muito tempo, passa por dividir cada pedaço da minha vida inteira.
Porque sou demasiado pequena para angústias tamanhas e silêncios que me gritam e me desesperam.
Porque, mesmo calada, o meu coração tudo vê, tudo sente e tudo envolve.
Porque um homem sem amor não vive, sobrevive.
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