terça-feira, 22 de novembro de 2016

"Amarume"

Este podia ser mais um texto sobre mim, mas não.
Este é mais um texto sobre ti...sobre o que todos os dias, sem saberes, me ensinas.

Se por acaso cruzares os teus olhos com estas palavras, ficas já a saber (outra vez, muitas mais vezes), que há muitas formas de amar, e esta, só minha e que a ti pertence, é, de todas, a mais bonita, a mais pura, a mais feliz, mas também a que mais de mim exige.

E pode haver muitos quartos desarrumados nesta casa que é a minha cabeça, na tua...na vida...
Mas sei que seremos o porto de abrigo uma da outra, sempre.
Criamos um barco firme para enfrentar as tormentas e assim não existirem naufrágios, lembras-te? 

E sabes que mais?
As minhas lutas de nada valem perante as tuas, enormes e doridas.
Faço das tuas lutas minhas e arranjo degraus para escalar os muros do teu mundo interior, aquele que exploras, ultrapassas e sais vitoriosa.

Chorar contigo e misturar-nos num abraço único faz diluir, um bocadinho, as cólicas do coração.
Estou aqui, sempre, porque no meio do amarume, existes simplesmente tu...

 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Doce Kai

E eis que, no meio da turbulência, há momentos que nos apaziguam e nos fazem entender alguns dos desígnios desta vida...

Este é o Kai. Açoriano, de Ponta Delgada. Mais propriamente de um canil de abate :(

Entrou na nossa família há quase 2 meses, era então um bebezola de quatro mesinhos em busca de uma casa e de muito amor para receber e também para dar.
O seu agradecimento por nos ter é, todos os dias, indescritível. 

Chegou no meio da minha tempestade, foi ventania nas primeiras horas e depois ...depois é isto, um doido, mas muito, muito doce...
Almejo um dia ser a pessoa que o Kai pensa que já sou...

Os dias tornaram-se mais extenuantes, mas quem corre por gosto...cansa com gáudio!

Meu docinho doido, espero estar à altura da tua alegria e dedicação a nós, todos os dias.




 

Silêncios

Há silêncios que são apenas isso mesmo, silêncios.
E depois há os outros, os silêncios que gritam.

O silêncio das palavras que aqui (ainda) não consigo escrever bradam dentro de mim.
São angústias, medos, desnorte, apertos, mas também algumas vitórias de uma guerra que ainda não acenou a sua rendição, mas sei que o vai fazer, em breve.


São turbulências neste mar imenso que é viver.
Agitam-se os dias, mas ainda assim encontro a paz, sem sempres.

Procuro-me. 
Encontro-me.
Perco-me novamente num oceano azul profundo para o qual não estava preparada.
Quase me afogo.
E a força, essa vou busca-la sempre lá, nas profundezas do meu ser, porque é lá que reside toda a minha alma, toda a minha esperança.

Entre o silêncio daqui, descobri forças que não sabia ter.
Tu, sempre tu a ensinar-me sobre a sabedoria dos dias, a resiliência e a capacidade de nos reinventarmos.
Tu, com o teu sorriso apaixonante que nunca desilude.

Adoro-te e obrigada.
(daqui até à lua e mais além)