Olho-te. Nem sempre vês.
Sinto em dobro o que tu sentes.
Fechas o peito, mas esqueces-te que estou no teu coração e por isso, só por isso, compreendo os teus medos, as tuas dúvidas, as tuas vontades, o teu querer.
Falo-te. Nem sempre ouves.
São os teus gestos, as tuas palavras.
São os teus olhos perdidos num lugar que não este. Num lugar que eu conheço, porque o sinto contigo. Estou dentro do teu coração, lembras-te?
Toco-te. Nem sempre sentes.
Abraço-te e cheiro o teu cheiro, único.
É noite. Dormes um sono, ora leve ora agitado.
Não entro nos teus sonhos sempre, mas estou neles, sonho-os contigo.
Vivo-te. Sei que também me vives.
Guardas-te, aí dentro, no teu peito e eu sei tanto do que lá vai dentro.
Tão iguais e tão diferentes, assim somos nós, mãe e filha.
Sentes comigo as maravilhas da vida e a revolta pelos dias injustos?
Quero-te.
Assim, feliz, sorriso grande, alma cheia e plena nas tuas escolhas.
Das-te com sentimento, intensa e verdadeira.
Ensinei-te isso, mas também o quanto é importante a esperança, a confiança e a responsabilidade dos teus atos, das tuas escolhas.
Dedico-me. Dedicas-te mais?
Aprecia a viagem, é louca e ávida de descobertas, como tu.
Para ti, o melhor de mim.
Para mim, a tua felicidade.
Vives no meu coração.
Eu vivo no teu.
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