Ontem lá fui eu para mais
uma reunião de pais.
Regressei a casa com o coração triste.
Alguém que me explique como
é possível desejar o melhor para um filho e nunca, NUNCA, os respetivos pais se
mostrarem nestas alturas?
Ok, as horas marcadas
para estes “encontros” não são as melhores.
Aqui tudo servirá de desculpas quando
não se tem vontade…, a hora, o frio…o emprego...
A sala estará sempre vazia. Despida de interesse.
Estas reuniões são para mim reuniões sobre o amor. O amor dos pais para com os filhos. Preocupação em saber como são eles na escola, nas aulas, com os amigos...
E numa sala assim pouco cheia, sente-se no ar o esquecimento...porque se percebe quando um filho está esquecido.
Entristece-me também
ver algumas mães e pais a ouvirem falar sobre os seus filhos…sinto aquela dor,
quase ouço o coração daqueles pais a minguar…e ainda assim não desistem.
Pensar que é uma fase,
que eles (filhos) vão perceber por si que o caminho a trilhar terá de ser outro, esperar
a mudança…poderá ser tarde.
Educar um filho não é fácil. é preciso coragem e tempo. Fazer das tripas coração, saber relativizar, contar até 10, até 100, contar até onde a paciência permite.
Lá em casa luta-se para
que todos os dias sejam uma lição, erros são permitidos desde que sirvam para
aprender com eles.
Os caminhos a seguir
serão escolhas deles, é certo, mas como pais estamos lá para ensinar a forma
mais correta de os percorrer e que vencedores são os que nunca desistem.
Indicar que a vida só tem um sentido, aquele que nos faz seguir em frente.
E mostrarmos a nossa disponibilidade para os
ouvir e ensinar é a base para tudo o resto.
Há gritos, há castigos,
mas também há muita conversa, muitas palavras, muito riso, muita presença e muito amor!
Lá em casa a raiz de tudo é sempre o amor!
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