segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Noc Noc, sou o 2015!

Está aí, quase, quase a nascer.
Se estou preparada para mais voltinhas ao sol?
Quero acreditar que sim, até porque 2014 pareceu-me interminável e demasiado agitado. Culpa minha. Eu e esta mania de querer chegar a todos e buscar o que me faz falta.

Pensamos sempre em limpar a cabeça e aspirar desejos, delineamos um plano para o novo ano e achamos que vamos segui-lo à risca…é quase o esvaziar gavetas e voltar a enche-las só com coisas novas.
E no entanto…

Continuo sem aprender a crescer através unicamente de mim…continuo a não conseguir aceitar tanta e tanta coisa nesta vida…continuo a depender muito dos meus amores para seguir em frente.
Continuo a não aceitar nada pela metade, os quases não cabem em nenhum patamar do meu peito.

Olho para trás e julgo que poderia fazer bem melhor. Ser mais feliz, importar-me menos e viver mais.
2014 nem sempre tocou a música que o meu coração quis ouvir, mas é assim mesmo que os dias acontecem e é lá, no meu coração, que o GPS da minha vida o reconhece como o lugar mais bonito de mim.

Chegou o momento das 12 passas e de pedir os 12 desejos.
Não gosto especialmente delas e os meus desejos limitam-se quase sempre a dois ou três e são desses desejos que nascem outros. Sem tê-los como ponto de partida nada valerá realmente a pena.

Quero continuar a descobrir-me e a renovar-me a cada batalha ganha.
Quero continuar a perseguir os sonhos, a sentir a esperança, porque a menina que outrora fui ainda cá está...quero que a vida me permita ver sempre o essencial e que me recorde como são curativos os abraços.

Manter comigo as minhas pessoas e outras, que o novo ano me dará a conhecer. Não quero a solidão, a dos outros e a minha.

Quero aprender a desacelerar e a valorizar as coisas simples, desde a gargalhada da minha filha, uma fatia de bolo de chocolate, o pequeno almoço em família e sem pressas, o caminho para o trabalho…o sono descansado, o nascer do sol e o por do sol também…colher o que a vida nos oferece. Apreciar a leveza da vida. Fazer pausas, olhar o céu e agradecer.

Não quero perder o encanto pela vida, até porque é bela o suficiente para me preencher.
Quero esforçar-me por ser uma pessoa melhor, mais paciente, menos exigente, mais alegre, mais feliz, sobretudo mais feliz!
E conseguir dar pedacinhos de mim a quem deles precisa.
Ter sempre presente de onde vim e para onde quero ir.


(São 365 dias. Em algum desses dias hei de conseguir concretizar alguns dos meus votos.)





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