quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Coração do avesso

Esta semana, começou com uma angústia dentro deste corpo que é frágil, mesmo que não pareça.

Frágil porque nem sempre consigo ser sorriso e sorriso deve ser espontâneo.
Afinal se é para ser intensa, como quero, devo sê-lo por inteiro, certo?

O meu passarinho abre as asas e eu encantada com isso vou-lhe dando espaço, mas também as coordenadas para nunca se esquecer onde está o seu ninho.

E nesta liberdade preciosa e necessária acontecem medos e angústias.
Aquelas que me fazem conversar com Deus e agradecer as oportunidades dos dias.
Aquelas que me fazem ansiar pelo dia de amanhã e aí beber o descanso da agitação dos dias passados e voltar a colocar o coração no lugar.

Amanhã talvez escolha outra música, mas hoje permitem-me ficar neste embalo, ler-me a mim mesma enquanto tento gerir esta impaciência.

Preciso disciplinar os meus sentimentos de mãe no calor dos abraços e cheirar o meu bebé crescido, com toda a delicadeza, o meu bem que te quero que é também um bem que me quer muitíssimo!

Até lá, a resiliência permite-me administrar estas emoções, que talvez sejam uma mera banalidade para outros. Para mim são necessárias ao tempero da vida, apesar de requererem alguma coragem.







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