segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sobre a mudança necessária

Tantas vezes andamos ao sabor dos dias, à velocidade da vontade do vento, andamos, andamos simplesmente e não saímos do mesmo lugar…

Tantas vezes tentamos arranjar o motivo que nos faça avançar, procuramos mais dentro de nós, nos outros, na vida.

Tantas vezes mergulhamos nos abismos e julgamos nunca mais emergir deles.
E no entanto, o fôlego chega-nos sempre, vai chegando…afinal há sempre alguém que de nós precisa. Felizmente, há sempre alguém.
É desconcertante como tão grandes tristezas cabem no nosso peito. Acho que se morre muito.

Depois, ai depois… ainda bem que há os day after em que a esperança é a nossa bóia de salvamento.
Dias em que a fé é superior aos medos.
Dias em que a nossa bola de oxigénio está carregadinha de energia.

Todos nós temos aquele instante mágico e é lá que temos de nos manter, tentar pelo menos.
O mundo nem sempre interfere no equilíbrio frágil das nossas vidas. É o corpo que traz a música que é preciso para seguir em frente.

Há um provérbio mexicano que diz: por mais que nos tentem enterrar, esquecem-se que somos semente (crescemos), e é tão verdade!

Há dias que levamos connosco até ao fim. Acontecimentos que marcam, pessoas impossíveis de esquecer, pedacinhos só nossos.

Há dias em que desejamos que o tempo pare, de tão bons que são, e não digam que destes dias temos pouco, porque não acredito!

Há dias em que temos de ser o rochedo que resiste a todas as tempestades, em que temos de lutar teimosamente contra as nossas inseguranças.

E todos os dias esperar o inesperado, dar à vida a coragem e a ousadia que é necessária. Dar uma hipótese à mudança, que grita para se fazer notar e que tanto ansiamos, ou duas se for preciso.
Não esquecer de alimentar as relações, caso contrário, nada retorna. E de que servirão os dias se não houver retorno?

Há dias estimulantes e revigorantes, são esses que nos transmitem a vitamina suficiente para olhar de frente os ventos que não sopram de feição.
Há dias assim, e são tão bons.

Porque a vida é demasiado ambulatória para se ficar quieta.
Porque as coisas mudam na lentidão rápida do tempo.




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