terça-feira, 18 de novembro de 2014

O dom do esquecimento

Sábado tivemos um jantar de amigos, daqueles em que é impossível ficar cinco minutos sem rir.
Boa comida, bom vinho, conversas parvas, gargalhadas…

Giro como as meninas, ambas adolescentes, conseguem interagir com as parvoíces que vamos dizendo e rimos, rimos muito, todos. Tanto que até se adormecem os maxilares!!!

E depois as horas passam, demasiado rápido. Ou então são os 40 que fazem com que tudo passe depressa demais.

Gostava de poder segurar o tempo em tantos momentos, principalmente nestes, em que somos felizes. Ou então dilata-lo!

E depois vem o dia seguinte e lembramo-nos do tempo, aquele que funciona como lembrete – estás a envelhecer pá!

Noutro tempo: estamos fresquinhos, poucas horas de sono e aí estamos nós prontos para outra.
A realidade presente: dói-me tudo!

E os 40 tem também o dom do esquecimento. Voltamos  a repetir a façanha assim que nos desafiam. 
Saborear os frutos do dia sem ter o gosto deles na memória.

Nascer todas as manhãs.
E é tão bom! 


1 comentário:

  1. "Quem corre por gosto não cansa".
    Doi tudo, mas se foi por uma boa causa, repetimos, pois claro que repetimos, não faziamos isso mesmo em miudos?
    Claro que faziamos, a vida é para viver.

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