terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Do amor

Acorda! Nasce mais um dia. Agradece!

- Doí-me.

- O quê?

-Tu.

- Mas o que fiz agora? Eu que estou sempre aqui. Eu que bato por ti, sempre… e que, mesmo partido, te assisto, que nunca me canso, mesmo que machucado…

- Doí-me, porque tomei consciência de que me esqueci que é por mim que bates…

- Descansa a culpa, eu renovo a cada sorriso teu, a cada gargalhada…sempre que estás em paz.

- Mas estás cansado, eu sinto.

- Não. Estou inquieto, apenas. Pesa-me o teu medo, a ausência de ti. Tenho saudades. Onde te escondeste?

- Estou aqui, só mais calada.

- As dúvidas da razão não podem calar a crença que tens em mim. Peço-te…

- Perdoa-me o meu subterfúgio…ando esquecida de mim…

- Perdoou. Afinal não perdoou sempre? Mas desta vez existe uma condição.

- …

- Apaixona-te todos os dias por ti como eu, que vivo encantado por ti, encanta-te também, como antes…e mesmo perante as fragilidades, tuas e minhas, resiste sem perder a doçura…


(Diálogo com o coração)


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