quinta-feira, 24 de março de 2016

Congelar o tempo

Não sei explicar o que é...
Revigora a alma e é a abundância da minha vida.

Sinto-me grata. Agradeço de olhos postos no céu.
Fico leve e chego mesmo a pensar que, entre ser a chata da tua vida e a amiga, vou fazendo um bom trabalho como tua mãe.

Estou sentada ao teu lado e desta vez és só para mim.
O tempo ali é somente nosso.

Para ti parecem horas, quando na realidade, na grande parte das vezes, as palavras que trocamos decorrem em breves minutos...breves demais para mim.
Ficaria horas a ouvir-te e somente a ouvir, se assim pedisses. 

Mas lá mais à frente recordo o que falamos, os valores que te ensino todos os dias e percebo que, mesmo que sejam breves os momentos em que te tenho só para mim, mesmo que revires os olhos uma e outra vez, eles, os momentos em que floresço como mãe e amiga, são absorvidos por ti na totalidade e, no momento certo, provas a grande mulher em que te estás a tornar.
Plena.

Mas entre este tempo e o que virá, fica mais um bocadinho no meu colo, aninha-te mais vezes nos meus braços, só nós. Sem ruído externo.

Não tem mal procurares o meu ombro para descansar.
Guardares a tua mãe dentro da minha. 
Não tem mal seres crescida e a minha pequenina, ambas são tu. 

Não posso congelar o tempo, mas se pudesse, este seria o que congelaria.
Ficar assim até me doer e depois também, porque por ti, meu amor, por ti suporto tudo...


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