quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Eu sei

Tu sabes que eu sei sobre os teus medos, os teus sonhos, os teus segredos.
Alguns, pelo menos.
Outros não deixas, ou para provares que és capaz ou por medo que te julgue.
Porém, contínuo com a teimosa tentação de te questionar sobre eles.

Eu sei que tu sabes que eu sei mais do que às vezes te interrogo.
Muitas vezes já conheço a resposta. Brotaste de mim.

Cresces e tentas mostrar-me isso mesmo, a todo o custo.
Resta saber se, nesse teu percurso em que aprendes a ser adulta (porque ainda te falta muito para o seres realmente), contínuas a adorar os meus abraços, se também eles acalmam o teu mundo, agora que tens mais dois braços que o fazem, certamente.

Tu sabes, mas eu não sei se os meus beijinhos ainda são imprescindíveis para adormeceres, se o meu colo contínua a ser o teu porto de abrigo, o colo protector.

O meu amor por ti é perfeito, com todas as imperfeições necessárias e que fazem o que somos.

Eu não sei se tu sabes, mas sou para ti a água, o sol, as estrelas, as estações, as dores, as alegrias e tudo o que te liga à vida. 
Sou o abraço, sou o beijinho na ferida, sou o socorro.
Sou a bengala dos teus sonhos, sou o entendimento quando sentes a injustiça, sou o ombro sempre disponível, sou o sorriso do teu sorriso, sou a ouvinte da tua voz, e mesmo que não fales, eu escuto... 

Tu sabes que eu sei que tu sabes tudo isto, mesmo que teimes em mostrar que és grande em tamanho, embora para mim, sejas sempre a minha menina pequenina.

Tu sabes?
Eu sei.


Sem comentários:

Enviar um comentário