quarta-feira, 5 de abril de 2017

Olhar devagar

De todas as coisas que posso deixar em ti, existem duas que nunca te irão abandonar.
São legados que adquiriste e que fazem de ti a pessoa que és: as tuas raízes e as tuas asas...

E é curioso como hoje ambas se juntaram, naquela que é a tua primeira viagem a solo...
Se o coração ficou apertado, também se encheu de orgulho por te olhar e ver a mulher que tenho como filha!

E viste, viste que desta vez não chorei no nosso abraço de até já?
Tal como tu, eu também cresço, como mãe imperfeita que sou... 

Depois, fui ali só meter cinquenta cêntimos para entrar na casa de banho do terminal rodoviário e chorar um bocadinho a minha saudade, que se agiganta já...

E sabes que mais? Neste tumulto que é seres minha filha e eu tua mãe, vou sempre abraçar-te, todos os segundos, incluindo os 'até jás' de alguns dias,  mesmo que tu fosses um cacto e eu um balão...porque abraçar-te é rebentar de amor e voltar a encher o peito com o mesmo amor, só que maior!

Agora que ganhaste asas, não te esqueças das tuas raízes. Olha a bússola que te guia.
Shiiiuuuuu...escuta o coração.

Não te esqueças que, embora te brada aos ouvidos mil e uma recomendações, e saiba que nem todas as irás cumprir, sei a menina dedicada e valente que és. Está nas tuas raízes! 

Não te esqueças sobretudo de olhar devagar este teu tempo, criar as tuas memórias, as melhores de todas!

Amo-te meu amor!
Abre as tuas asas, mas sem pressas, está bem?









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