segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Tão triste...sem perdão

Como se perde a chama do amor?
Como se perde a linha que nos une uns aos outros enquanto humanidade?
Como se deixa de acreditar nos colos da vida?

Só falo de amor, sim e então?
Vejo a televisão, não há amor só guerra
Ouço a rádio, desligo-me do que lá dizem, não quero ouvir
Leio os jornais e desvio o olhar, recuso-me a alimentar mais as notícias que fazem dinheiro à custa do sofrimento do outro

Depressa perdemos tudo, não somos nada
Sobrevive-se à dor de ver partir abrutamente alguém
Esse alguém que estava no sítio errado, à hora errada, se é que há lugares certos e horas perfeitas nesta passagem...
Quem fica, quem lhe foi permitido ficar,
Chora a perda. No coração a cicatriz para sempre
Não há palavras, nem anestesias que possam alguma vez adormecer o que se sente numa guerra

Diz-se por aí que para esquecer é necessário deixar correr o coração, na esperança dele se cansar...
Pois eu acho que nunca mais se esquece
É demasiado doloroso para ser possível sarar a ferida, nesta vida pelo menos.

Que raio de mundo é este que iremos deixar como legado aos nossos filhos?
Estou triste, tão, mas tão triste...sem conseguir perdoar.




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