Ela foi passar uns dias de férias com os avós, longe de nós, longe do abraço que é meu todos os dias.
Foi de sorriso nos lábios. Esperam-lhe dias quentes, amigos de verão, noites maiores, piscinas das quais ansiamos o resto do ano...
Estou feliz por vê-la assim, igualmente feliz e livre.
Mas neste tempo em que está longe, quero-a perto, é um egoísmo, eu sei. Nunca lhe cedo (ao egoísmo), não posso, nem consigo.
Em casa um vazio...um silêncio que dói, tudo quieto.
Entro no quarto dela, aperto os olhos e os lábios, penso que está bem, como gosta. Sossego o peito...
Inspiro o cheiro que deixou no ar. Tudo está ali, sem movimento, sem a luz que só ela consegue dar aquele espaço.
Em casa falta a voz da cantora que começa a ser, o som das teclas do piano, os pedidos típicos da idade, a agitação de querer mostrar um vídeo novo, uma música nova, de telemóvel em riste. Até falta a desarrumação! Falta-me os beijinhos dela, os abraços o "Deus te proteja" à noite.
Em casa falta-me muito, falta-me tudo, porque me falta ela.
Os dias são vagarosos, a saudade demora-se.
E ainda só passaram umas horas...
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