quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dos amigos

Sobre o que é ser amigo de alguém ou ser merecedor da amizade daquela pessoa, requer trabalho.
Muito, tanto que alguns se perdem pelo caminho.

Já se extraviaram alguns e também já me extraviei de muitos.
As razões e as culpas são irrelevantes, sem força alguma, porque foram incapazes de aguentar os mastros do barco durante a tormenta. 

Ser amigo é desejar fazer um rosto alegre quando o coração está triste.
É permitir que nos aperfeiçoem enquanto ‘eu’, não somente pelo que nos oferecem, mas também, e principalmente, pelo que nos revelam de nós mesmos.

A felicidade de um amigo deleita-nos o peito.
Enriquece-nos, acrescenta-nos e apraze-nos.
Regozije-nos e, caso a amizade sofra com isso, é porque não existe benquerença alguma.

Todos somos capazes de sentir os sofrimentos de um grande companheiro. Mas ver com júbilo os seus triunfos, exige uma natureza muito delicada.

Estes amigos, os que vão habitar para sempre no lado esquerdo do meu peito, não foram escolhidos mediante requisitos ou premissas.
Estes amigos, posso até tê-los descoberto no meio de farras (ou não), mas foi sempre no auge do desalento, no olho da tempestade que eles se revelaram amigos para a vida.

Estes amigos são poucos. Os suficientes.

E quem me dera estar à sua altura.

Obrigada a ti...


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